sábado, 24 de julho de 2010

O Concilio De Jerusalem


Jerusalém
. Por iss Entre eles estabeleceu-se uma dúvida e uma polêmica: saber se osgentios, ao se converterem ao cristianismo, teriam que adotar algumas das práticas antigas da Lei Mosaica para poderem ser salvos, inclusive o fazer-se circuncidar:
“Entretanto, haviam descido alguns da Judéia e começaram a ensinar aos irmãos: Se não vos circundardes segundo a norma de Moisés, não podereis salvar-vos.” (At 15, 1)São Paulo ao levar o cristianismo a outros povos não exigia acircuncisão desses novos cristãos. Diante disso os presbíteros de Jerusalém se reuniram em torno de Tiago para fazer valer a "obrigatoriedade da circuncisão".Interessante observar, que no episódio do Concílio de Jerusalém, mostra a unidade da Igreja: a igreja de Antioquia, de Corinto, de Éfeso não são independentes, por mais que as igrejas cristãs estejam separadas geograficamente são uma só Igreja.São Paulo ao ser convocado a comparecer a Jerusalém não Provavelmente o Concílio de Jerusalém foi convocado pelos três apóstolos Pedro, Tiago e João: “Surgindo daí uma agitação e tornando-se veemente a discussão de Paulo e Barnabé com eles, decidiu-se que Paulo e Barnabé e alguns outros dos seus subiriam a Jerusalém, aos apóstolos e anciãos, para tratar da questão” (At 15, 2).Devido a grande discussão, por causa daobrigatoriedade de submeter os novos cristãos as praticas da lei mosaica, como acircuncisão, se deveria comparecer em Jerusalém a presença dos apóstolos.O texto não diz quais são esses apóstolos, porém devem ser a três colunas da Igreja em Jerusalém: “Pelo contrário, vendo que a mim fora confiado o evangelho dosincircuncisos como a Pedro o dos circuncisos – pois Aquele que operava em Pedropara a missão dos circuncisos operou também em mim em favor dos gentios – e conhecendo a graça em mim concedida, Tiago, Cefas (aramaico rocha) e João, os notáveis tidos como colunas, estenderam-nos a mão, a mim e a Barnabé, em sinal de comunhão” (Gl 2, 7:9).Quanto a "presidência do Concílio", com a saída do apóstolo Pedro de Jerusalém, São Tiago ocupou o primeiro lugar da igreja de Jerusalém, tornando-se Bispo de respondeu que nas igrejas fundadas por ele: “Aqui se faz de outro modo e pronto!”, mas a questão foi resolvida num Concílio.“Reuniram-se, pois, osapóstolos e os anciãos para examinarem o problema” (At 15, 6), outro ponto importante de se observar é a reunião de uma Igreja hierárquica.Tendo-se os ânimos esquentados, “Tornando-se acesa a discussão, levantou-se Pedro e disse: Irmãos, vós sabeis que, desde os primeiros dias, aprouve a Deus, entre vós, que por minha bocaouvissem os gentios a palavra da Boa Nova e abraçassem a fé.” (At 15, 7).Paulo evoca sua autoridade sobre os não-judeus, sendo que na carta aos Gálatas São Paulo diz que a Pedro cabia dirigir os judeus, enquanto a ele, Paulo, os não-judeus. Com Paulo estando presente, Pedro afirma que seu primado também se estende aos não-judeus, mesmo tendo se decidido que São Paulo os evangelizasse; depois do discurso de Pedro todos se silenciaram.“Agora, pois, porque tentais a Deus, impondo ao pescoço dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem mesmo nós pudemos suportar? Ao contrário, é pela graça do Senhor Jesus que nós cremos ser salvos, da mesma forma que eles. Então, toda a assembléia silenciou.” (At 15, 7:12).Logo em seguida Paulo e Barnabé relataram as maravilhas e prodígios que Deus realizou entre osgentios por meio deles.Por fim Tiago concordou com Pedro e concluiu dizendo: “Eis porque, pessoalmente, julgo que não se devam molestar aqueles que, dentre osgentios, se convertem a Deus. Mas se lhes escreva que se abstenham do que está contaminado pelos ídolos, das uniões ilegítimas, das carnes sufocadas e do sangue. Com efeito, desde antigas gerações tem Moisés em cada cidade seus pregadores, que o lêem nas sinagogas todos os sábados”. (At 15, 19:21)A Carta Apostólica, que será seguida por toda a Igreja, é redigida segundo o parecer de Pedro, que Paulo e Tiago também concordaram. A Carta seguirá basicamete o discurso de Tiago, mostrando como estava a frente da igreja em Jerusalém.

A Carta Apostólica

A Carta diz que:“Os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, aos irmãos dentre os gentios que moram em Antioquia, na Síria e na Cilícia, saudações! Tendo sabido que alguns dos nossos, sem mandato de nossa parte, saindo até vós, perturbaram-vos, transtornando vossas almas com suas palavras, pareceu-nos bem, chegados a pleno acordo, escolher alguns representantes e enviá-los a vós junto com nossos diletos Barnabé e Paulo, homens que expuseram suas vidas pelo nome de nosso Senhor, Jesus Cristo. Nós vos enviamos, pois, Judas e Silas, eles também transmitindo, de viva voz, esta mesma mensagem. De fato, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor nenhum outro peso além destas coisas necessárias: que vos abstenhais das carnes imoladas aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas, e das uniões ilegítimas. Fareis bem preservando-vos destas coisas. Passai bem.” (At 15, 23:29)

Conclusão

Este primeiro concílio ecumênico foi de importância fundamental porque teve como principal decisão libertar a Igreja nascente das regras antigas da Sinagoga, marcou definitivamente o desligamento do cristianismo do judaísmo e confirmou para sempre o ingresso dos gentios (não-judeus) na cristandade.

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